Por que produtos de design de alto padrão custam tão caro?

Thainá Espinola
27 de jun.
2 min de leitura

Você já se perguntou por que móveis, objetos ou peças assinadas por designers custam tanto? Neste post, vamos descomplicar o assunto e mostrar todos os fatores que influenciam o preço de um produto de design de alto padrão — além de refletir sobre o acesso ao design como uma ferramenta que vai muito além do luxo.

O custo real de um produto premium

Ao contrário do que muitos imaginam, o valor de um produto de design de alto padrão não está apenas no “nome” ou na estética. Há uma série de elementos que tornam o processo complexo e, sim, custoso:

1. Matéria-prima de qualidade

Produtos duráveis e refinados exigem insumos nobres, muitas vezes importados ou selecionados manualmente — e isso pesa no custo final.

2. Mão de obra especializada

Muito do que chamamos de “alto padrão” depende de processos semi-artesanais, feitos por profissionais experientes e bem remunerados. Essa valorização impacta diretamente o valor do produto.

3. Design autoral e desenvolvimento técnico

O processo de criação exige tempo, pesquisa, prototipagem, testes, validação de ergonomia, viabilidade técnica e muito mais. Tudo isso é parte do investimento em um bom design.

4. Produção em pequena escala

Diferente de grandes marcas que produzem em massa, o design de alto padrão costuma ter tiragens limitadas, o que impede a diluição dos custos fixos e encarece o produto.

5. Logística e distribuição

Transportar móveis ou peças de design com segurança, para destinos nacionais ou internacionais, requer embalagens específicas, seguros e rotas eficientes — e isso tem um preço.

6. Custo dos lojistas e marketing

O valor de um produto precisa considerar também o lucro de lojas parceiras, revendedores e os investimentos em comunicação e marketing para posicionar a peça no mercado.

Design acessível também existe

Ao final do vídeo, levanto uma reflexão importante: é possível oferecer qualidade a preços mais acessíveis — desde que se pense em escalabilidade, processos mais automatizados, e produção em volume.

O design não deve ser elitista. Há espaço para boas soluções em todas as esferas, desde o luxo até o popular. O verdadeiro desafio é manter propósito, funcionalidade e estética, independentemente da faixa de preço.